sexta-feira, 27 de maio de 2011

Coração de Pedra

Daí que eu sou uma pessoa boa. Bom coração. Frio, mas bom.

Preciso afirmar isso. Muita gente não acredita. Mas, veja:

1 - Eu ajudo velhinhas a descer do ônibus;
2- Eu falo bom dia para motoristas de ônibus;
3- Eu ando de ônibus, logo penso no meio ambiente (ou não tenho grana para manter a porra do carro);
4- Eu compro organicos e reciclo meu lixo.
5- Eu dou um abraço nos amigos que sofrem de dores interiores;
6- Eu não me atraso para eventos, nem esqueço o aniversário de ninguém;
7- Eu ando a pé, e gosto de cozinhar meu almoço;
8- Eu recuso sacolinhas no supermercado, e levo a minha retornável.
9- Eu choro quando vejo uma cena linda, ou quando alquém que eu amo consegue algo que  queriam muito!
10- Porra, pra que vc está se autoafirmando, menina?

Pois é quem eu amo, merece minha atenção. Até meninas doidas que eu nunca vi, mas leio todo dia merecem minhas lágrimas e minha consideração. Fico muito feliz quando alguém está se esforçando de verdade por algo que quer;

Veja, na minha vida foi só porrada. Tudo que eu ouvi na vida, quando pedia alguma coisa era: - Não! (Se  vira menina) (thanks Dad!)
Ou seja, para algumas situações, sou fria feito pedra. Genética, sorry. DNA é fodis.

Logo essa é a minha justificativa para não gostar de algumas pessoas que comem e dormem e ganham (sem a menor vergonha na cara)  vida nas costas. Nas costas dos outros, no caso.

Aí, a gente se prepara. Estuda, gradua, pós-gradua, especializa. Noiva, casa, compra casa, carro.  Desenvolve carreia. É bom e boa no que faz. Muda a alimentação, faz exercícios, planeja a melhor data. Prepara do próprio suor, a casa, o lar, a harmonia para criar um filho. Imagina, pensa, sonha como será contar para seus sogros e pais que eles receberão o PRIMEIRO neto.

Aí vem uma qualquerzinha, sem NADA, eu digo NADA disso. E embucha a barriga obesa e sem estudos. Sem conversa. Com a cabecinha tão inteligente quanto um pombo da Praça da Sé. Assim, puft! Pra quem já tem um, fácil ter 2.

Não consigo não odiar.

Alguém se identifica comigo, ou sou mesmo, na verdade, uma pessoa má?

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