terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Um Natal sem muito Brilho....

E lá fui eu passar o feriado com a família do marido.



Na casa da vovó.

Casar tem dessas, duas pessoas, duas histórias diferentes e duas famílias construídas de formas totalmente diferentes.

Minha família é explosiva, grande e extremamente festiva. A dele não, é pequena, calma e passiva. Eu tento, faço o que posso para passar um pouco do meu "Q" por festas, mas não se muda uma família inteira. As 11:00 da noite estávamos todos na cama. Sem troca de presentes, sem fogos de artificio, sem aquela comilança toda, sem árvore de natal. Eu nem liguei para a minha família receosa de chorar no telefone.

A família não sabe que estamos tentando um bebê. Nem a dele, nem a minha. Muito menos sabem que está mais difícil do que queríamos. Meu cunhado mais novo (great) engravidou a namorada. Eu nunca gostei dela. De todos os contras que tenho quanto à ela o maior é que ela é uma folgada. Preguiçosa mesmo (veja aqui). Uma anta. Dai que fica difícil de ficar perto dela. Dela e do bebê dela. E adivinha o que aconteceu o tempo todo?

Sim, minha sogra, falou o tempo todo sobre bebês, deu até nome pro nosso bebê: Pedro Henrique. E foi um tal de Pedro Henrique pra lá, e quando o Pedro Henrique vier pra cá. Fora as vezes que ela literalmente esfregou a nova netinha dela na minha cara. Literalmente. Quase jogou a pequena no meu colo várias vezes. Tortura.

Sei que posso parecer uma pessoa má. Afinal pobre bebê, não é mesmo? Que não tem nada a ver com isso. Não pediu para vir ao mundo e etc e tal. Aquele sermão todo. Mas vocês imaginam a dor? Estar num lugar aonde não se queria estar, com pessoas que não se queria estar, vendo alguém que não dá a mínima realizar um sonho que eu planejo por 3 anos?? Muitas de vocês sabem bem do que eu falo. E talvez sintam o que sinto. É difícil, muito difícil mesmo, admitir o sentimento de inveja.

Não que eu sinta isso por todas as pessoas que tiveram filhos. Não mesmo. Amo bebês alheios e fico muito feliz quando vejo alguém trabalhador, honesto e que quis muito, ter um filho. O que é difícil de engolir é quando o contrário acontece. Alguém que nunca lavou um copo, arranja um filho para arrumar a vida. E todo mundo acha normal. Bonitinho. Olha que lindo, ela teve mais um bebê.

Sei que é até feio dizer essas coisas. Mas elas estão no meu coração. Foi uma semana que exigiu muito de mim. Para que eu ficasse quieta, e não falasse o que eu realmente pensava. Fiz minha parte. Marido ficou feliz. Pelo menos alguém. Pajeou a sobrinha o tempo todo (o que doeu mais ainda). Viu os pais. E na hora da ceia quem não apareceu? Os dois irmãos. O do meio e o mais novo. Sumiram. Apareceram depois que todos já haviam ido embora, deram suas desculpas e foram embora. E a gente teve que viajar horas para estar lá... tem coisas que são duras de engolir.

E no casamento temos que abrir mão de muitas coisas. Até da nossa felicidade. As vezes. Respira e reza pro ano seguinte ser totalmente diferente!!!

5 comentários:

Mari Mari disse...

gaby, eu sei desse negocio de alugar brinquedos, mas eles praticamente so alugam os brinquedos caros, aqueles que a gente nao quer comprar porque sao caros (carrinhos eletricos, sei la, essas coisas). eles nao nalugam caixas cheias de brinquedos baratos, quebráveis, e versáteis. onde guardar? eu tenho 4 caixas. E ja to precisando selecionar de novo, porque eles crescem, o interesse muda...

quando ao seu bebe, seu eu fosse voce, fecharia esse blog. quer dizer, se o blog serve como valvula de escape, como um diario de desabafo, ok, mas se ele so te lembra que voce ta tentando engravidar, desencane. pode estar te fazendo mais mal do que bem. E talvez seja o caso de abrir o jogo para a familia sobre a tentativa de engravidar, porque eles sabendo dia situacao, podem pelo menos entender, medir as palavras, e algumas pessoas vao ate rezar por voce. Que tal? nao sofra sozinha. Nao vale a pena. feliz ano novo!

Mariliz disse...

Oieee, pois é, quando casamos e aumentamos a família, a coisa fica complicada mesmo. Principalmente quando os costumes são diferentes.
Consigo imaginar o que vc sentiu em relação ao bebe e à mãe do bebe.É assim mesmo. Minha família sabe muito pouco sobre esse desejo, mas foi inevitável algum comentário de que ano que vem esperam estar com a família maior.
Vamos vivendo aos poucos e torcendo pra que logo esse drama termine!
Bjão

RENATA RZ disse...

Gaby!

Eu não tenho dúvidas que você vai ter um ou mais, bebês lindos! Sim, porque vocês dois são muito lindos.

Quanto ao ocorrido é óbvio que você fez o melhor, foi lá e fez o seu papel de esposa.
Mas eu sou a favor de não ficarmos encontrando com muita frequência as pessoas com quem não temos afinidade... se não desce, não desce!

SuperKiss
RE

Carla disse...

Ai famílias! Não posso nem falar muito pq a minha é terrível e eu ainda fiz a asneira de falar sobre as tentativas, então já viu, fica ainda pior!
Não acho que tu pareça uma pessoa má, não, acho que é bem normal esse teu sentimento pela mãe e pelo bebê. Infelizmente casamento é assim mesmo como tu disse, tem que abrir mão de muitas coisas.
Faz como eu fiz, esse ano inventei uma viajem e passamos o Natal sozinhos, marido e eu e foi o melhor natal desde que estamos casados.

bjos

Anônimo disse...

Gaby, caramba... comecei a ler seu blog agora e parece q me vejo inteira aqui... A minha situação é a MESMA com relação a família. Tb tento engravidar e minha cunhada "anta" engravidou do meu cunhado. Situações idênticas.
Até do easy e do hard. Foi igual comigo com relação ao meu pai sobre os EUA, mas o tempo passou e não deu pra ir.
Força e fé.
Vc é leonina?
Bjs
Ana Martha